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Prefeitura do Recife inicia retirada dos animais do Parque Treze de Maio; local terá Praça da Infância

Os animais que vivem no Parque Treze de Maio no bairro da Boa Vista, agora terão um novo destino, isso porque a Prefeitura do Recife iniciou, nesta sexta-feira (20), a retirada de uma parte dos bichos que estavam no zoológico dentro do parque.

 

A ideia é devolvê-los ao seu habitat natural, e com isso, o local ganhará uma Praça da Infância temática como espaço de lazer, para conectar os mais jovens com brincadeiras e a natureza.

 

A expectativa é que no mês de novembro toda a ação esteja concluída. A articulação foi construída pela vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão. 

 

Segundo a prefeitura, a ação é realizada em parceria com a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb). É o órgão municipal que cuida do parque.

 

Também participa a Agência de Meio Ambiente (CPRH) que será responsável pelos animais enquanto não são levados para a natureza. De acordo com a CPRH, na ação desta sexta (20) foram retirados: 12 araras-canidé, 30 rolinhas-cinza, 2 rolinhas-caldo-de-feijão, 2 patativas, 1 tizil e 1 siriema. 

 



(Foto: Carol Bezerra/PCR)


Para o Diário de Pernambuco, a ativista animal e ex-vereadora do Recife Goretti Queiroz disse que é um alívio presenciar esse acontecimento.

 

“Desde 2011, como ativista começamos essa luta, fizemos a primeira manifestação, aqui no Treze de Maio, organizado pelo Movimento de Defesa Animal de Pernambuco. São 12 anos tentando e hoje estamos felizes com a novidade de que todos os animais daqui, serão realocados na natureza’’, disse.

 

A ativista ainda ressalta que o ambiente não é propício para o bem-estar deles.

 

''Há diversos problemas que eles passam aqui, além da poluição sonora, da poluição atmosférica, há problemas, inclusive, com os transeuntes, as pessoas que frequentam o parque, que apesar de algumas jaulas terem as informações para não alimentar os animais, muitas alimentam de forma inadequada. Já vi criança jogando pirulito para o macaco, e os animais também ficam estressados'' finaliza Goretti. 

 

Os frequentadores do parque se mostraram a favor da iniciativa, como é o caso de Paulo Epífanio de 62 anos, que frequenta o parque diariamente. Ele explica que ''os animais devem ter sua liberdade, assim como nós temos, né? Estudo ornitologia, que é a ciência que estuda as aves, nessa área, os próprios dizem que não é permitido você prender os pássaros. Os animais em geral devem estar em seu habitat natural, em liberdade.'' 

 


Reintrodução

 

Antes de serem devolvidos ao seu habitat, os animais serão encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangará), onde passarão por avaliações médicas. 

 

No local, eles passarão por um processo de reabilitação para serem reintroduzidos na natureza ou, quando não for possível, em santuários ou centros de triagem (CRAS) específicos, com o intuito de devolvê-los para a sua fauna e flora original.

 

Para Isabella de Roldão, é "indispensável zelar pelo bem-estar dos animais que, apesar de bem cuidados pelos agentes da prefeitura, estão fora do seu habitat natural e sempre expostos aos contatos e incidências externas indevidas”.

 

"É preciso garantir um ambiente com menor nível possível de estresse, iluminação intensa, barulhos excessivos e poluição que perturba a vida animal", acrescentou. 

 

A expectativa é que a retirada seja finalizada até o dia 15 de novembro.

 

Praça 

 

Com a retirada dos animais, haverá o estudo e a introdução de um espaço de lazer dentro do parque.

 

A ideia é construir e incentivar uma relação entre brincadeiras e a natureza, além de aproximar os jovens com a cultura local.

 

A expectativa é implementar construções de passeios e pisos, rampas em asfalto, drenagem, paisagismo, bases estruturais para os brinquedos, mobiliários e a comunicação visual.


Com informações do Diario de Pernambuco

 

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